quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PLANO 8 - SETEMBRO - Música e Cinema


Em Setembro, o Cineclube Plano 8 traz, além de uma incrível seleção de filmes, uma participação especial no 20o. Festival UNESP Ritmo e Som com a apresentação do filme "A Carne e o Diabo" acompanhado de trilha sonora ao vivo, executada pelo grupo Basavizi.

01 de setembro
Spellbound, Quando Fala o Coração
Spellbound
Estados Unidos, 1945, 11 min.
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: Ingrid Bergman, Gregory Peck, Michael Chekhov, Leo G. Carroll, Rhonda Fleming

Gregory Peck é o Dr. Edwards que, recém contratado como diretor de uma clínica para doentes mentais, começa a apresentar um estranho comportamento. A situação complica quando uma psiquiatra, Constance, se apaixona pelo Dr. Edwards. Excelente trilha sonora vencedora do Oscar por Miklos Rozsa, que foi pioneiro no uso de um instrumento chamado de teremim, um dos primeiro instrumentos musicais totalmente eletrônicos, tocado sem a manipulação física do
instrumentista, e produz um som um tanto assustador, posteriormente utilizado em diversos filmes de suspense, rock psicodélico e música de vanguarda.


08 de setembro
Morangos Silvestres
Smultronstället
Suécia, 1957, 91 min.
Direção: Ingmar Bergman
Elenco: Victor Sjöström, Bibi Andersson, Ingrid Thulin, Gunnar Björnstrand, Jullan Kindahl

Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 1958, explora os planos da realidade, do sonho e da memória para recompor a trajetória do médico Isak Borg, vivido magistralmente por Victor Sjöström. Na noite que antecipa sua viagem a Lund para receber um título honorífico na universidade local, Victor tem um pesadelo que o confronta com a realidade da morte.
Bergman traça uma espécie de road-movie existencial, onde Victor recorda sua vida e contrasta sua história com as pessoas que cruzam seu caminho: um casal em crise e um bando de jovens cheios de energia e esperança. Entre o passado, o presente e a imaginação, Victor abandona as
angústias e experimenta uma nova comunhão com a vida.


15 de setembro
Era Uma vez no Oeste
(C’era una Volta il West)
Estados Unidos/ Itália, 1968, 165 minutos
Direção: Sergio Leone
Elenco: Claudia Cardinale, Henry Wolff, Charles Bronson, Henry Fonda, Jason Robards

Sergio Leone resgata todo o respeito e a certeza de que os faroestes poderiam ser bons filmes, não apenas entretenimento barato. Jill (Claudia Cardinale) é uma ex-prostituta de New Orleans que largou a vida na cidade grande para casar com Brent McBain (Frank Wolff), dono de uma propriedade no meio do nada, viúvo e pai de três lindas crianças. Quando Jill chega à fazenda “Água Doce”, encontra uma chacina na sua nova família pela posse de suas terras, que em breve será caminho de uma importante ferrovia.
O ritmo do filme é bem lento, calculado para criar “a sensação dos últimos suspiros que uma pessoa exala antes de morrer. Era Uma Vez no Oeste é, do começo ao fim, uma dança da morte” (Sergio Leone). O fator determinante dessa atmosfera é a trilha sonora, desde os temas elaborados para cada personagem, até a ausência de música e a importância dos sons naturais. A música sempre teve uma importância fundamental nos filmes de Leone, mas aqui elas ganham sua máxima relevância.


22 de setembro
A Vida é Dura: A História de Dewey Cox
(Walk Hard: The Dewey Cox Story)
EUA, 2007, 96 minutos
Direção: Jake Kasdan
Elenco: John C. Reilly, Jenna Fischer, Raymond J. Barry, Margo Martindale, Kristen Wiig

Ao contar a história da dura vida de Dewey Cox, um famoso cantor fictício, que se tornou lenda nos Estados Unidos, “A Vida é Dura” parodia cinebiografias de músicos conhecidos, traçando uma linha do tempo do Rock’n Roll. A ascensão, queda e nova ascensão de Dewey Cox, músico nascido no interior do Alabama nos anos 1940, é uma coletânea de momentos vividos por grandes nomes do gênero cuja trajetória foi repleta de altos e baixos. Entre esses nomes estão Bob Dylan, Buddy Holly, Elvis Presley, Roy Orbison, Jim Morrison, Ray Charles, Jerry Lee Lewis e, principalmente Johnny Cash. A trilha sonora foi indicada ao Grammy e ao Globo de Ouro e, com muita qualidade, reflete satiricamente as mudanças de estilo pelas quais o Rock’n Roll passou durante seus anos de ouro.


29 de setembro
Fantasia
Fantasia
EUA, 1940, 124 min.
Direção: vários

Este clássico atemporal da animação foi produzido a partir de músicas de grandes compositores eruditos e interpretados pela Orquestra da Filadélfia sob regência de Leopold Stokowski. Veja novamente - ou se nunca viu, aproveite - o balé de crocodilos e hipopótamos ao som de Dança das Horas de Ponchielli, as criaturas mitológicas ao som de Sinfonia Pastoral de Beethoven, a teoria evolucionista com Sagração da Primavera de Stravinsky, as estações do ano com O Quebra-Nozes de Tchaikovsky, o famoso segmento onde Mickey é um atrapalhado aluno de feitiçaria tentando controlar as vassouras animadas ao som de Aprendiz de Feiticeiro de Paul Dukas, entre outros. Bach, Mussorgsky e Schubert também tem suas versões ilustradas nesse grande clássico da animação mundial.

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